Considerada uma das técnicas de remediação ex-situ de solos contaminados por excelência, a biopilha é um processo de descontaminação de solos, realizado através da degradação biológica dos contaminantes.
A biopilha é um sistema híbrido de landfarming que proporciona aos microrganismos aeróbios e anaeróbios um ambiente favorável - e em condições controladas - para o seu desenvolvimento, promovendo também uma mais rápida biodegradação. Esta técnica de remediação de solos contaminados por hidrocarbonetos, que em contacto com o ambiente é altamente poluente, acontece por via do estímulo da atividade microbiana, convertendo os contaminantes em subprodutos de baixa toxicidade.
Ao isolar todo o material contaminante, evita a dispersão de partículas e de microrganismos, protegendo a sua envolvente. Por ser um método ecológico de recuperação ambiental de resíduos orgânicos e de solos, esta técnica de remediação apresenta uma relação custo-benefício superior aos meios tradicionais de remoção físico-química dos contaminantes.
Semelhante ao processo de compostagem, à biopilha podem ser adicionadas correções com o objetivo de facilitar a degradação do material contaminante. No entanto, e ao contrário da compostagem, a biopilha não requer temperaturas altas (superiores a 50ºC).
Na BLUEOTTER, o recurso a este processo biológico de valorização de resíduos é realizado nas unidades de Setúbal e Alenquer, que têm uma capacidade de tratamento de 54.000 toneladas de resíduos orgânicos, permitindo a valorização de um produto que de outra forma iria para aterro.
